segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sobre o amor, ah o amor…



Não me atrevo a entendê-lo
Nem tampouco descrevê-lo
Tento
No momento
Contemplá-lo com muito zelo
É algo transverso
Cheio de verso
Eu não sei bem
Como se tem
Acontece
Não se pede
Só desejo
Ensejo com muito medo
Cá estou
Frio na barriga
Quem diria
Efeito rebote
Me sacode
Outro portal
Sem pedestal
Sei lá, sem rumo
Sem noção nem direção
O que é? O que quer?
Só sei que bem- me-quer
Na dúvida me entrego
E a chance?
De romance
Quantas temos…
Vale a pena
A  alma não é pequena
Vambora
Faz da vida um poema
Entra em cena
Vive, se joga
Ri e chora
Porque um dia
Ah um dia qualquer
Nem precisa ser um momento de mal-me-quer
As cortinas se fecham
As luzes se apagam
E tudo que foi e aquilo que será
Um dia se vai, um dia findará
Ah… o amor, hum… o sexo!
Nem sempre é tudo desconexo
Quanto a mim
Tenho vivido de tanto rir
Já não sabia como era ser assim!
Afinal, fez macumba pra mim?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Inusitado

não esperava por isso nem por nada
apenas caminhava
sozinha impaciente ciente
muitas vezes com a alma rara
outras com doces desejos
sonhando com intensos beijos

quando nada combina
penso na minha sina
e quando menos imagino
momentos inusitados
gente surpreendente
me sequestra o sorriso

gosto disso
nunca fui muito tentada a andar nos trilhos
eles sufocam os meus brios
mantenho meu charme intelectual
em romper com o que é tradicional

minha vida nunca foi estilo “Doriana”
muito menos se parecia
quem diria
tudo saiu exatamente com a alegria que eu queria
afinal é tudo magia

então pra que me preocupar
com o altar?
se não tenho que me ocupar em fazer par
a surpresa me embala
o desejo me convida
e eu ímpar
somente brindo a vida

amanhã quem sabe
embarco em nova nave
descubro em outro cais
quero mais
e aí, bem... aí
que venha 2011
não preciso saber demais